<OUTUBRO / 2006
País volta a negociar preço do Kaletra com o laboratório Abbott.
Matéria de O Estado de S.Paulo diz que o governo brasileiro voltará a negociar com o laboratório Abbott para impedir um aumento no valor do anti-retroviral Kaletra, previsto no acordo firmado em outubro de 2005. A volta à mesa de negociação tentará fechar um novo preço do medicamento para 2007. Isso porque o Abbott introduzirá uma nova geração do Kaletra nos próximos meses. Hoje, o medicamento é vendido em cápsula e precisa ser tomado três vezes por dia. Na nova apresentação, o remédio vem em comprimidos e precisaria ser tomado apenas duas vezes por dia. Pela inovação, o laboratório quer elevar o preço em 10%. “Não queremos esse aumento”, afirma Mariângela Simão, diretora do Programa Nacional de DST e Aids. ”Nós vamos cumprir o que está acertado no contrato [de 2005]. Não há qualquer perspectiva no momento de discutir redução de preços,” diz Ana Paula Barboza, gerente de comunicação do Abbott no Brasil. A reportagem também foi publicada nos jornais Tribuna da Imprensa (RJ) e A Gazeta (ES). Fonte: Imprensa – Programa Nacional de DST e Aids
Alerta sobre as epidemias do futuro.
Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, o médico Dráuzio Varella afirma que as doenças infecciosas respondem por uma em cada quatro mortes que ocorrem no mundo e também provocam perdas econômicas que muitos países são incapazes de absorver. Segundo estimativas do Banco Mundial, a epidemia de gripe aviária, que matou menos de mil pessoas em 2003, provocou queda de 2% no Produto Nacional Bruto dos países do leste asiático. Se uma pandemia da gripe aviária atingisse os cinco continentes, seria capaz de matar milhões de pessoas e dar um prejuízo de 900 bilhões de dólares num único ano. Previsões tão pessimistas motivaram governos e agências internacionais de saúde a criar programas para enfrentar a ameaça que essas doenças representarão nos próximos 25 anos. Foram identificadas oito categorias prioritárias de doenças infecciosas. Entre elas, estão: doenças recentes, como gripe aviária e doença da vaca louca; infecções cada vez mais resistentes aos medicamentos disponíveis, tuberculose, pneumonias e septicemias; infecções transmitidas de animais domesticados ou selvagens, como gripe aviária, peste, antrax e as diarréias bacterianas; HIV/Aids, tuberculose e malária, as três grandes causas de morte por moléstias transmissíveis nos países pobres; e outras doenças sexualmente transmissíveis, que se disseminam com grande velocidade. Fonte: Imprensa – Programa Nacional de DST e Aids
Ban Ki-moon, sucessor de Kofi Annan, reitera compromisso com a aids.
Jornais O Globo e Diário do Nordeste (CE) publicam matéria sobre o primeiro discurso de Ban Ki-moon como secretário-geral eleito da ONU. O sul-coreano de 61 anos listou os desafios que a ONU tem pela frente para atingir as Metas do Milênio, entre os quais estão expandir as operações de paz, enfrentar o terrorismo, a proliferação das armas de destruição em massa, a aids, a degradação do meio ambiente e garantir os direitos humanos. Dono de um estilo extremamente diplomático e chamado de “escorregadio”, o atual ministro do Exterior da Coréia do Sul só assumirá o posto em 31 de dezembro, quando termina o mandato do ganês Kofi Annan, mas os tempos já começaram a mudar. Ki-moon mostrou que imprimirá à ONU estilo bem diferente do dos últimos dez anos sob a liderança de Annan, que criou polêmica, denunciando países que violaram leis internacionais, o que, para o bem ou para o mal, levou a ONU para o centro da política internacional. Fonte: Imprensa – Programa Nacional de DST e Aids
Plenária pública lembrará dez anos do acesso universal no Brasil.
No próximo dia 13 de novembro, acontecerá, em São Paulo, uma plenária publicar para marcar os dez anos da Lei Federal 9313/96, que garante o acesso universal ao tratamento da aids com medicamentos anti-retrovirais. Na ocasião, serão discutidos, além do balanço do acesso universal aos anti-retrovirais, temas como as implicações dessa política para o Sistema Único de Saúde, a qualidade da assistência, o futuro do tratamento, as contribuições da resposta brasileira no cenário internacional, a questão das patentes, a capacidade nacional de produção de medicamentos, e as perspectivas de sustentabilidade do programa brasileiro. O evento será realizado conjuntamente pelo Fórum de ONGs/Aids do Estado de São Paulo, pelos Programas Nacional, Estadual e Municipal de DST/Aids, e pelo Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde. As informações foram publicadas pela Agência de Notícias da Aids. Fonte: Imprensa – Programa Nacional de DST e Aids
Em editorial, The New York Times defende testes de aids de rotina.
Agência de Notícias da Aids publica tradução de editorial do jornal New York Times defendendo a realização de testes anti-HIV de rotina, sob a alegação de que, uma vez sabendo o diagnóstico precocemente, poderia iniciar-se o tratamento o mais rápido possível. O texto sugere que o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (Unaids) e a Organização Mundial de Saúde deveriam se mexer rapidamente para endosssar o teste da aids” em todo o mundo. De acordo com o editorial, “os protocolos atuais para os testes, com sua forte ênfase na privacidade e no consentimento, foram concebidos quando pouco poderia ser feito para ajudar pessoas com HIV”. Atualmente, diz o jornal, os antiretrovirais estão sendo distribuídos em todos os países do mundo. Porém, sem o acesso fácil aos testes, as pessoas podem descobrir que elas possuem aids quando for muito tarde para salvar suas vidas.”Fonte: Imprensa – Programa Nacional de DST e Aids
ATIVISTA QUER MOVIMENTO SOCIAL MAIS ENGAJADO
Agência Aids relata a conclusão do XIII Encontro Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids. Na avaliação do presidente do Grupo Pela Vidda-RJ, William Amaral, um dos organizadores do encontro, os resultados do Vivendo foram positivos. Mas Amaral acredita que o perfil dos participantes do Vivendo está mudando, o que para ele, é preocupante. “Não ocorrem mais debates calorosos sobre ativismo. Vejo que os militantes pela causa estão cada vez se preocupando menos”, comenta. Fonte: Imprensa – Programa Nacional de DST e Aids
Luta contra o HIV: Aids mata 30 pessoas todos os dias no Brasil.
Por ano, são 11 mil mortos em decorrência da doença. Rio é o segundo estado com mais vítimas, depois de São Paulo. A Aids mata 30 brasileiros por dia. Por ano, o HIV causa a morte de 11 mil pessoas no país, segundo o Ministério da Saúde. O Rio é o segundo estado em número de vítimas, com 47 óbitos a cada 10 dias devido à doença. Em São Paulo, estado líder em óbitos por HIV, são 91 mortes a cada 10 dias “Esse índice é inaceitável. O número de óbitos por Aids no Brasil é comparado ao de países desenvolvidos, mas se conformar com essa estatística não é válido nem do ponto de vista ético, nem moral”, afirmou a diretora do Programa Nacional de DST/Aids, Mariângela Simão, que participou nesta sexta-feira da abertura do Encontro Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids, no Rio. Segundo Mariângela, vários fatores contribuem para o número de mortes por Aids. “Uma parte dos que morreram fizeram tratamento por muitos anos e foram desenvolvendo resistência aos antiretrovirais. Outra, é formada por pessoas com diagnóstico tardio. E isso é inadmissível num país que tem teste de diagnóstico disponível no serviço público”, disse. FALHAS NO ESTADO A diretora admite, porém, que em algumas regiões do país as pessoas têm dificuldade de acesso ao teste anti-HIV. “Nem sempre o problema é a distância geográfica. Em algumas metrópoles, como no Rio, as pessoas têm dificuldade para ter acesso aos serviços de saúde”, explicou. “Cada morte por diagnóstico tardio é razão para a gente se indignar e estimular o acesso ao exame”. Ela citou ainda a falta de remédios contra doenças oportunistas como um dos fatores responsáveis pelas 30 mortes diárias por HIV no país. Alexandre Chipp, coordenador do Programa Estadual de DST/AIDS, admitiu problemas estruturais: “Temos pessoas recebendo antiretrovirais extremamente caros e potentes e sem acesso a medicamentos contra doenças oportunistas e exames básicos. Temos crianças nascendo com HIV apesar de termos o necessário para prevenção disponível nos estados e municípios”. http://odia.terra.com.br/ciencia/htm/geral_61888.asp
Fonte: Imprensa – Programa Nacional de DST e Aids
Encontro do Controle Social para Discussão dos “Novos” Modelos de Gestão na saúde
13:30 às 15:30h – Mesa Redonda: “Novos” Modelos de Gestão na Saúde. A influência das agências internacionais na Política de Saúde no Brasil (Cleusa Santos – ESS/UFRJ); A “contra-reforma” do Estado na Saúde (Márcia Adriana Leite Silva – SINDSPREV);Os novos modelos de gestão nos hospitais públicos (Cristiani Vieira Machado – ENSP/FIOCRUZ).
15:30 às 16h – Coffee-break
16 às 18h – Posicionamento das entidades com relação aos Novos Modelos de Gestão na Saúde. Conselho Nacional de Saúde (CNS); Sindicato dos Médicos (SINDMED); Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (CEBES).
Dia: 25 de outubro de 2006 Horário: 13:30 às 18:00h Local: UERJ – 9º andar – auditório 91.
FONTE: http://www.saberviver.org.br